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05 junho 2016

Viajando com Carpinejar

A forma do livro foi a primeira coisa que me chamou a atenção. A forma, depois a expressão e por fim o conteúdo.
E essa foi a primeira "viagem" proporcionada pelo livro "Amor à moda antiga". Os três atributos de uma obra de arte. Voltei 30 anos ao tempo em que pesquisava e escrevia em jornais sobre artes plásticas.
E Carpinejar abusou da sua opção de forma e de expressão. O livro é lindo e tem uma proposta criativa.
A segunda viagem, também ligada à atividade jornalística, se deu ao saber que o autor buscou em uma velha máquina de datilografia inspiração para sua mais recente obra. Que jornalista que atuou nos anos de 1980 que não se emociona diante de uma simples menção a uma Olivetti Lettera verdinha ?!?! E lá estava ele presenteado com uma Olivetti e com a feliz ideia de explorar o instrumento para expor suas emoções. Sim, a Olivetti não é uma ferramenta como se usa dizer em relação aos recursos do mundo digital. A Olivetti é um instrumento de trabalho.
Terceira viagem: me lembrei do espanto de minha filha mais nova, geração touch screen, diante de uma Olivetti - sem Del, sem ctrl-z, sem mudança de linha automática.
Viagem final: os versos de amor. Oh que lindo!